terça-feira, 13 de março de 2012

Mercado do Peixe


O peixe mais comum no mercado é o peixe espada preto (  (Aphanopus carbo)
O seu filete é muito usado na confecção de diversos pratos regionais.





Frutas que se encontram à venda no mercado

Fruta Deliciosa (Fruto do Philodendro)
Costela de Adão (Monstera deliciosa)
A costela-de-adão (Monstera deliciosa) é uma planta da família das aráceas. Possui folhas grandes, cordiformes, penatífidas e perfuradas, com longos pecíolos, flores aromáticas, em espadice comestível, branco-creme, com espata verde, e bagas amarelo-claras.
Esta planta é muito confundida com outra aráceas, a banana de macaco (Philodendron bipinnatifidum), mas difere desta por apresentar furos nas folhas e recortes maiores e mais uniformes.
A espécie é nativa do México e é mundialmente cultivada como ornamental pelas belas e peculiares folhas, com segmentos que lembram costelas. Seu fruto (delicioso) é comestível e muito saboroso, daí seu nome científico, "Monstera deliciosa". A princesa Isabel, filha do Imperador D. Pedro II do Brasil, considerava esse fruto o melhor de todos.


                                                                Tabaibo
Fruto do "Opuntia ficus-indica"conhecido por Tabaibo  

 A proveniência da tabaibeira não é consensual. Porém, acrescenta-se que “alguns atribuem-lhe uma origem americana, possivelmente das zonas planálticas mexicanas”. Neste livro, fica-se a saber que na Época dos Descobrimentos, os espanhóis levaram este cacto para Espanha, transitando daí para o norte de África. Crê-se também que os portugueses introduziram-no no Brasil, na África Ocidental e Meridional e no Oriente. Nos nossos dias, esta espécie está disseminada pelo mundo, com destaque para as regiões áridas e semi-áridas. O México é o principal produtor e países como a Itália (sul e a Sicília), Marrocos, Argélia, Egipto, Arábia Saudita, Israel, Brasil, entre outros, possuem áreas de cultivo representativas. Em Portugal, é comum nas regiões do centro, sul e Madeira, embora o seu consumo no continente seja quase inexistente, sendo que lá, o tabaibo denomina-se figo da Índia e a tabaibeira, figueira da Índia. Na Região, esta planta encontra-se espontaneamente na encosta sul da Madeira e no Porto Santo, em lugares quentes e secos, onde a água disponível, é aquela que provém da chuva. Contudo, quem quiser propagá-la vegetativamente, basta separar as "folhas" da tabaibeira – que são os seus ramos – e ao serem plantadas, enraízam facilmente, originando novas plantas com as mesmas características da planta-mãe. As variedades distinguem-se pela cor da polpa do fruto, que pode ser branca (mais frequente), laranja ou vermelha. Em termos de sanidade vegetal, é resistente a pragas e doenças, havendo no entanto, uma cochonilha ou "lapa", que ataca com alguma intensidade. A título de curiosidade e de acordo com o "Elucidário Madeirense" do Pe. Fernando Augusto da Silva e Carlos Azevedo de Meneses, este insecto foi importado das Canárias no segundo quartel do século XIX, com o propósito de se obter então um corante natural vermelho, destinado à tinturaria. A colheita decorre entre Julho e Setembro, efectuando-se a mesma com uma turquês ou com luvas, pois a planta e os tabaibos têm espinhos. Após a apanha, a saruga ou os picos são retirados com uma vassoura de acácia. Actualmente, há variedades seleccionadas sem espinhos, que facilitam este amanho cultural. Refira-se ainda que, tradicionalmente usam-se as cascas dos frutos na alimentação dos porcos e que as "folhas" livres de picos, são um excelente alimento para o gado. Entre nós, os tabaibos são muito estimados, principalmente quando já estão descascados e estiveram umas horas no frigorífico. A polpa suculenta, com sementes pretas e um tanto doce, é uma tentação para os apreciadores, que devem comer com parcimónia, para evitar a obstipação devido às inúmeras sementes. Noutras paragens, este fruto é transformado em "doce" (compota), licor, em refrescantes sumos e batidos, assim como no México, as "folhas" jovens servem de verdura, aumentando assim o "leque" de oferta. A terminar e atendendo às limitações do seu consumo em fresco, seria desejável que esta diversificação de derivados tivesse também lugar na nossa Região.

Azulejos do Mercado do Funchal

 

Vendedoras (azulejos de 1940, da Fábrica Battistini, pintados por João Rodrigues),
no Mercado dos Lavradores, no Funchal

Vendedoras de flores Mercado Lavradores Funchal
Detalhe do azulejo

O Mercado tem uma área coberta de 9.600 m². A decorar a entrada principal e, também, no interior estão vários painéis de azulejos, pintados com temas regionais por João Rodrigues, produzidos na Fábrica de Loiça de Sacavém.
Uma outra característica é o traje tradicional e folclórico madeirense de muitas vendedoras, pleno de cores vivas.